quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

IN MEMORIAN
Por que sentir a alma desolada
Se ensaiamos de forma errada nossa caminhada
E em ânsia desvairada
A estrada que escolhemos não nos levou a nada.
Tivestes em tuas mãos a minha vida
Brincastes sabiamente com meus sentimentos
Ensaiastes com doçura em minha vida tua chegada
E plantastes para a partida dor e tormento.
Agora nem sei o que fazer da vida
Nem das lembranças que ficaram comigo
Busco no desalento guarida
E nas mentiras que ouvi o meu abrigo.
Não sei o que fazer com minhas esperanças
Sei que aos poucos vão morrer afogadas na saudade
Não devo me iludir com velhas lembranças
Pois elas só me trazem ansiedade.
Tento então buscar na poesia
Força para segurar meu pranto
Que insiste em banhar meu rosto com rebeldia
Escancarando minha decepção e desventura
Quando estava com você, eras o meu universo
Meu amor era tão grande que não enxergava como eras
Mas hoje na solidão vejo friamente teu lado inverso
E amargo a certeza de um amor construído em quimeras
Acreditei em frases abstratas
Visto que nada foi real entre nós dois
Nem mesmo nossas horas foram exatas
Posto que não houve entre nos antes ou depois.
JD 33 / SP 01-12-2016.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts with Thumbnails

Arquivo do blog