sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

JUNÇÃO - JOANA D'ARC M.A.MATA




Uni verso
Avesso
No universo
Escasso
E ajude a poesia
Que tocada à nostalgia
Tentou salvar a alegria
Que de tristeza ardia
Na chama crucial
Acesa no mistério essencial
Destruindo em ato final
O amor em estágio terminal

Separe a razão da utopia
A felicidade da nostalgia
A alegria da melancolia
Para que o amor ora carente
Renasça veemente
No coração pungente
Do amante descrente
JD./ 06 = 02/2010.

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

HARMONIA - JOANA D'ARC M.A.MATA




A vida esta sempre nos dando chance
A cada tropeço fica sempre uma lição
A felicidade esta sempre ao nosso alcance
O mais importante é caminhar sem hesitação

A cada amanhecer é preciso desprezar
As incertezas que insistem em nos acompanhar
E com um sorriso, a amargura transformar
E em nosso intimo a dor da saudade libertar

Em nossa rotina incluir como obrigação
Falar a verdade seja qual for a ocasião
Agradecer a Deus em oração
E procurar excluir do nosso cotidiano a palavra não

Escolher com critérios que tipo de dia, queremos ter
Lutar com ousadia e as derrotar abater
Se um amigo nos decepcionar nunca esquecer
Que outros amigos somos capazes de fazer
JD./ 005= 02/2010

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

MILCA- JOANA D'ARC M.A.MATA


Às vezes esquecemos o poder da oração
Para nos deixar levar pela voz do coração
E assim guiados pela emoção
Seguimos em qualquer direção

O resultado de uma atitude impensada
Ou mesmo de um gesto impulsivo
Tornamo-nos uma pessoa amargurada
Ou do verdadeiro amor um fugitivo

Nas mais diversas situações
Mesmo que se em inusitadas ocasiões
Deus sempre nos mostra varias opções
Para que a iniquidade não determine nossas ações

Esta é a lição deixada por Milca mulher de Naor
Pureza de sentimentos e fidelidade ao Criador
Semeando na sua geração a semente da fé
E aos seus filhos ensinando o caminho do verdadeiro amor
JD./004=02/2010

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

ATIREI O PAU NO GATO - JOANA D'ARC M.A.MATA


Meu gato e muito engraçado
Às vezes ele parece um pouco atrapalhado
Esta sempre nos meus pés, enroscado
E se ralho com ele, fica de focinho amuado

Certa manhã, fiquei nervosa nem sei explicar
Não sou violenta podem acreditar
Mas quando me dei conta estava a gritar
Foi uma loucura, não deu pra segurar

Ele corria alvoroçado atrás de um rato
E embora sabendo que isto é normal num gato
Fiquei desesperada e pra o meu espanto
Acabei cometendo um ato insensato

Furiosa, agarrei um cabo de vassoura
E arremessei com a fúria de uma fera
Meu gato escapou por pouco e com doçura
Veio lamber meus pés, cheio de ternura

O rato também foi salvo por bem pouco
E eu envergonhada nem percebi o alvoroço
A minha vizinha para o meu desconforto
Assistiu a cena e me colocou no maior enrosco

Horrorizada com a minha crueldade
E invadindo a minha privacidade
Acusava-me de falta de sanidade
E gritava que eu era incapaz de viver em sociedade

Ameaçou ligar para a SPA e me denunciar
Se outra vez meu gato eu tornasse a espancar
Eu encabulada tentei explicar
Mas ela super nervosa nem me deixava falar

O pior é que o gato que já estava assustado
Acabou nos deixando atordoado
Soltou um miado estridente e ardido
E sem saber pois fim naquela briga sem sentido

Expliquei pra vizinha que meu nome não é Chica
Nem ando armada de pau
Mas vou confessar, a coisa se complica
Quando vejo um rato correndo no quintal


Abraçada ao meu gato depois de explicar
Que a minha intenção era o rato afugentar
Coloquei o gato na cama, pois não parava de roncar
E fiquei ouvindo a vizinha que não parava de se desculpar
JD./003=02/2010

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

QUANDO TERMINA O CARNAVAL - Joana d'Arc M.A.Mata


Nublam-se os olhos em lágrimas de saudade
A ilusão em cinza se desfaz
Aos poucos se cristaliza da vida a verdade
E o devaneio a curto instante jaz

A bailarina continua querendo ser feliz
Já sem máscara e fantasia
De atriz passa a aprendiz
E sem deleite bebe da rotina a nostalgia

Sua dança agora é sem musica
Sua alegria é sem rima e sem métrica
E a sua voz é cansada e rouca

Da passarela foge o dinheiro e o amor
Seu compasso passa a ritmo de clangor
E sem euforia seu caminho é sem fulgor
JD./002-02/2010
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