quinta-feira, 27 de agosto de 2009

MOMENTOS- JOANA D'ARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA






Frio insistente
Pede calor
Sol na quietude
Eu sem amor

Sol que aparece
Meio cansado
E indiferente
Parte apressado

Procuro em versos
A primavera
Doces desejos
Em tempo de espera

Só e com frio
Fico a esperar
Que o sol compassivo
Volte a brilhar

terça-feira, 25 de agosto de 2009

INSTANTE - JOANA D'ARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA


Fim de agosto
Pingos de orvalho
Folhas molhadas
Frio insistente
Sol que persiste
Melancolia
Bebendo a vida
Poeta em versos
Doces momentos
Palavras alimento
Desalento
Manhãs de utopia

ANATAGÔNICO - JOANA D'ARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA





Eu sou
Não sei
Talvez
concreto
Poder
Verdade
Crença
Querer

É
Mais
Se querer
É
Poder
Posso ser
O que quiser
Verdade concreta
Insistir na crença
Consistente na verdade
Do querer que é luz
Luz que é poder
Poder que cega
Poder é ser
SER É PERDER
O PODER DE SER

sábado, 22 de agosto de 2009

DOCES LEMBRANÇAS - JOANA D'ARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA






Quando criança morava
No sitio Pedacinho de cristal
Brincava de correr na relva
E de me esconder no milharal

No terraço o papagaio velho
Ficava sempre a esperar
Que chegássemos junto à gaiola
Para com ele conversar

Rodeando o pomar
Como se fosse despencar
Uma cerca coberta com brinco de princesa
Olhando pra terra parecendo chorar

O pomar era bem barulhento
Freqüentado por rouxinol
Maritaca e periquito
Pintassilgo e curió

Mesmo se o dia era de chuva
Quando o céu de cinza se vestia
Bastava olhar pela janela
Pra encontrar a alegria

Quando a noite chegava
Ficávamos a espiar
As mariposas voando
Em plena luz do luar

Flores de todas as cores
Borboletas a voar
Misturando suas cores as flores
E a lua a iluminar

No meio da noite
Se a lua fugia
Bruxas malvadas
Ficavam a voar

O medo era tanto
Que ate as corujas
Piavam bem alto
Nos fazendo gelar

Os cachorros assustados
Ficavam a ladrar
Enquanto os gatos
Soltavam-se no ar

Os sapos com frio
Coaxavam sem parar
Pulando pra todo lado
Sem medo de escorregar

Era só romper a manhã
Que o velho cavalo Amigão
Corria em disparada
Na grama fresca do chão


Esfregando-se na terra ainda adormedecida
E relinchava sem parar
Parecia dizer que a tristeza ali era desconhecida
porque a felicidade no a muito ali tinha ido morar

ELIS REGINA

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

COMPARAÇÃO - JOANA D'ARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA


Assim é que sinto a vida
Um eterno se transformar
E enquanto a criança brinca
Num constante desabrochar
O jovem adormecido
Nos braços da ilusão
Esquece que é ser concreto
E se entrega a beleza
Sem tempo pra descansar
E o velho com experiência
Mantém a alma congelada
Num cristal tão transparente
Que até o vento suave
Num sopro pode quebrar
E falando em suavidade
Em vento solto no ar
Há de chegar borboletas
Para o perfume das flores
Tão sabiamente aspirar
Ao contrário do velho cansado
Sem forças pra caminhar
Que exala o perfume da vida
Conta história lembra amores
E por ser constante em meditar
Pouco é ouvido e por nada falar
Vive um presente de passado
Do muito que leu
De tudo que viveu
Do pouco que aprendeu

Concluindo-se então que
A criança está para o botão
Bem com o jovem para a flor
O que sobra apenas para o velho
A essência, o perfume...
A semente do fazer brotar
E a raiz que dá sustentação


quinta-feira, 20 de agosto de 2009

PRENUNCIO DE PRIMAVERA - JOANA D'ARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA





Agosto está indo embora
Para setembro chegar
E a primavera não demora
Pra nossa vida florear

Enquanto no céu devagarzinho
O sol começa a esquentar
E os pássaros abandonam os ninhos
E alvoroçados voltam a cantar

Os caracóis descuidados
Passeiam pelo jardim
Enquanto o vento emburrado
Sopra forte com uma fúria sem fim

Roubando o brilho da manhã
Desfilam elegantes as joaninhas
Com vestido de pura seda
Salpicados de bolinhas

Indiferentes borboletas coloridas
Ficam dançando no ar
Beijando as flores que apaixonadas
Acompanha o seu bailar

A vovó preocupada
Afofa a terra com cuidado
Para não ferir as minhocas que ocupadas
Trabalham lado a lado

E a cada muda que planta
Imagina emocionada
O quanto as flores encantam
Aos jovens, aos velhos e a molecada


quarta-feira, 19 de agosto de 2009

INCÓGNITA - JOANA D'ARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA

Se o luzir que dos teus olhos se incorpora
A negra cor dos teus cabelos ora loiro
Como saberei minha musa inspiradora
Até que ponto a ti sou lisonjeiro

Enfim a vida é uma eterna sucessão de se
Se não como iríamos descobrir
A graça de no amor desnudar-se
Para adiante de dores se cobrir

Daí a conclusão mais óbvia deste soneto
Nesta rede de ficção que ora me prende
A cada verso de amor de mim nascido

Sem solução minha amargura velo em verso
Para no instante seguinte estereotipar e dizimar
A espera de novas emoções para acreditar

FUGA - Joana d'arc Medeiros de Azevedo da Mata


Fujo para o mundo da abstração
Jogo palavras no computador
Escancaro as portas do coração
E esbarro com o amor e a dor

Partindo do real para o irreal
Deparo-me na tela da ilusão
De poeta vivendo no habitat ideal
Imaterial sem concussão

terça-feira, 18 de agosto de 2009

DECLARAÇÃO - JOANA D'ARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA





Gosto do teu perfume
Do teu olhar
Da ternura do teu sorriso
E do jeito de beijar

Gosto de ficar perto de você
Em casa
No cinema
E principalmente a beira-mar

Por isto estou a te convidar
Para juntinhos viajar
Só nos dois não importa o lugar
Para conjugar o verbo amar





GANA - JOANA D'ARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA


Ouço pássaros soltos no ar
Espalhando alegria
Busco no céu o sol a brilhar
E sinto a proximidade do dia que inicia

Palmilhando passo a passo
Parto pra mais uma jornada
Absoluta num mundo sem compaixão
Como um funâmbulo e sem sustentação

Escondo por atrás das estrelas
Dor, tristeza e conflito.
Perco-me em noites escuras
Mergulho no céu infinito

E entre angustia e anseio
Escrevo minha historia com suor e dor
Cheia de ilusão e devaneio
Buscando a migalha do seu amor

segunda-feira, 17 de agosto de 2009

PARECER - JOANA D'ARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA


Talvez não sou o que penso ser
Nem queira ter o que eu penso querer
Nem fale de amor como deveria ser

Talvez meus versos nada tenham de poéticos
Possam parecer arquétipos
Ou mesmo patéticos

Talvez não devesse escrever por não saber dizer
Nem devesse amar por não saber querer
Nem devesse sonhar para não enlouquecer

Mas a vida é um eterno pensar a procura do saber
Exigindo indiferente uma razão de ser
Para aqueles que não sabem como chegar a ter

domingo, 16 de agosto de 2009

DESENCANTO- JOANA DARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA




Estou cansada de tanto lero-lero
De acreditar que a vida é um eterno despertar
Cai tanto que cheguei ao fundo
Não sei se tenho coragem para me levantar

Por anos a fio me vesti de sonhador
Enfrentando decepções com bravura
Sempre lutando para superar o desamor
E descrevendo a vida com doçura

Mas hoje amargurada me olhei no espelho
Recordei os anos passaram com crueldade
E constatei da nossa historia só restou a saudade

Viver sem ti tem sido o meu maior castigo
Lembro do teu perfume do teu jeito
È desumano viver de recordações, desisto.

Pálido Ponto Azul

sábado, 15 de agosto de 2009

POEMA DO ADEUS - JOANA D'ARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA








Não fale em adeus não diga nada
Deixe o silencio falar por nos dois
Posto que sem limite minha alma embriagada
Vive o brilho do momento indiferente ao depois

Não podemos permitir que neste instante
O acido cortante prenuncio de partida
Ultrapassando dos sonhos o limite constante
Resuma nossa historia numa simples despedida

Se o amor é eterno podemos nesta noite
Misturar nossa alma em um só coração
E nos entregar cegamente a esta paixão

E amanhã quando deste sonho despertar
Ao tocar na terra lágrimas sentidas vão se transformar
Em sementes de amor para noutros corações brotar


sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Diego Rivera

Degas and the Dancers

Considered as one of the founders of impressionism, Edgar Degas (1834 - 1917) was famous for painting ballet dancers. Chopin's Mazurka is the background music for this video.

Candido Portinari

Quadros de Portinari, música Dança Brasileira ,Camargo Guarnieri (CD Brazil_YoYoMa)

AOS DESCRENTES - JOANA DARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA












Até num desprezado galho seco
Jogado no meio do esterco
O mais descrentes dos ateus
Pode enxergar a força de Deus
É SÓ OLHAR COM O CORAÇÃO

No mais distante deserto
Do pervertido ao pastor
Pode sentir ao seu lado
O poder do Criador
PARA AFUGENTAR A SOLIDÃO

No homem que agoniza coberto de ferida
Abandonado pela sorte e pela vida
Mesmo quando todos o repelem
Jesus pode tocar na sua pele
NÃO JULGUE O QUE DESCONHECE

Diante de um temível tubarão
Na tempestade ou num furação
Se a tua fé te iluminar
O Consolador pode te salvar
FECHE OS OLHOS E TENTE UMA PRECE

Nas amarguras que a vida oferecer
Siga em frente não se deixe abater
Pois bem mais que o sol Deus esta a brilhar
E aos seus fieis nunca ira abandonar
EXALTE A DEUS EM QUALQUER LUGAR


Fale sempre do seu imenso amor
Nos presídios para os marginais
Nas grandes festas e nos funerais
Nas escolas e nas repartições
Para políticos, administradores
Jornalistas e professores
NÃO ESCOLHA HORA NEM OCASIÃO

Ele e a única solução
Tem o poder da transformação
Na vida de toda a humanidade
Em qualquer escala social
CIRCUNSTÂNCIA OU SITUAÇÃO

Deus é Unitranscedente
Não é feito de argila nem de papelão
Mas de amor e de perdão
Sobre medida para nossa salvação

terça-feira, 11 de agosto de 2009

MEDITAÇÃO - JOANA DARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA

A cada amanhecer
É preciso manter a alegria para viver melhor
Cultivar lindos sonhos para não envelhecer
E aprender a lutar para saber vencer

Ao entardecer
É preciso manter o sorriso para preservar a alegria
Cultivar novos amigos para espantar a solidão
E aprender a perdoar para conhecer a paz

E ao anoitecer
É preciso esquecer os medos para seguir em frente
Cultivar a verdade para ser autentico
E aprender com os erros para conquistar a sabedoria

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

TRISTE LEMBRANÇA - Joana d'arc Medeiros de Azevedo da Mata


Seis de Agosto inicia
Trazendo a lembrança do dia
Que o homem em sua tirania
Semeou a semente da covardia

No céu um clarão irradia
E diante de tanta ousadia
A manhã cobriu-se de nostalgia
E vidas tombaram sem serventia

Aos poucos as flores que enfeitava
O verde que cobria o jardim
Pálidas misturaram-se ao povo que agonizava
Acinzentando-se numa tristeza sem fim

Olhos oblíquos enevoam uma tristeza finda
Com o fogo que consome o suor que vira pó
E a terra do sol já pintada em cinza
Transformou-se na semente da coragem que brotou

quarta-feira, 5 de agosto de 2009

MEDITANDO - Joana d'arc Medeiros de Azevedo da Mata




Deus é soberano
Pois nos faz criança
Para receber amor
Descobrir o riso
E brincar pela vida

Ele é maravilhoso
Pois da força ao jovem
Para dividir o amor
Chorar de rir
E viver a vida

E com toda Sua sabedoria
Da experiência ao velho
Para purificar o amor
Decifrar o riso
E valorizar a vida
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