quarta-feira, 2 de agosto de 2017

167 Joana D M A Mata
Florianópolis Sta.Catarina Brasil 25-06-17
TRIBUTO A NATUREZA
Não vou prender a natureza nas minhas rimas
Mesmo fascinada pela sua beleza infinda
Nem mesmo misturar nas águas dos rios as minhas lagrimas
Quando vejo suas águas turvas e poluídas
Quero tão somente viver neste momento
Recordando meu tempo de criança
Quando nadar nos rios era entretenimento
E depois secar-me ao sol era uma festança
Me ver correndo livremente pelos campos
amaciando o verde capim
Das gotas de orvalho volver todos os encantos
e sentir no ar o cheiro do jasmim
Ora decerto ouvirei dizer que este tempo já se foi
e que águas passadas não movem moinho
Que saudade em demasia a alma corroí
E que quando criança também roubavas ovos dos ninhos
E verdade sim e também caçava passarinho
me deliciava com seu tenro sabor
e nas noites de luar me aquecia com o carinho
da lenha que queimava me oferecendo seu calor
Era um verdadeiro deleite viver com liberdade
Provar dos frutos silvestres, descobrir caminhos
Das noites estreladas lembro com saudade
do clarão da lua passeando no céu devagarinho
E ao alvorecer ouvir toda docura
da passarada que desperta á cantar
enquanto as flores se derramavam em ternura
para as borboletas alimentar
E assim o tempo em seu tempo foi passando
e o homem cada vez evoluindo
E agora vejo a natureza agonizando
nas mãos dos mesmos que inconscientemente​ vão se destruindo.

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