segunda-feira, 28 de agosto de 2017



310 Joana D M A Mata 
São Paulo SP Brasil 27/08/17
SONO SEM SONHOS
Quando a tarde esmorece
O negro da noite fecha a boca
E na escuridão sem fim
Os sonhos perambulam sem controle
E é quando dorme na sarjeta o infeliz que se drogou
No viaduto o andarilho que não se encontrou
Na escuridão o ébrio que se embriagou
Na amargura aquele que tudo pedeu
No sono dos justos aquele que tudo tem
No relento aquele que a pobreza tudo lhe tomou
Na cela aquele que o caminho errado trilhou
No abandono aquele que a vida castigou
No berço a criança sem medo do futuro
O pastor depois de mais uma alma salvar
O marinheiro depois de fazer a embarcação partir
E na boca da noite num grito de esperança.Foto de Joana Mata.

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