segunda-feira, 15 de junho de 2009

ENIGMA - Joana darc Medeiros de Azevedo da Mata


O tempo e eu sessenta
Continuo a procurar
A medida exata
De poder me decifrar

Sou o medo que afoga
A verdade que grita
O desejo que cala
A fantasia obscena

Sou a visível vontade
Oração em chama
Frescor, mocidade
E a fome da vida

Sou o sorriso que brota
Do alvorecer a poesia
A noite que acalma
E a lágrima que fica

Sou o sonho que não acaba
Esperança que não morre
Velhice que escasseia
E desejo que vive

Eu sou quase nada
Um pouco de mim mesma
Com o muito que aprendi
E o que o tempo me fez

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