domingo, 31 de maio de 2009

ZORRA NO JARDIM - Joana darc Medeiros de Azevedo da

Havia uma Floricultura na Rua do Orvalho
Que era de propriedade da dona Margarida
Mãe de um moço chamado Zé do Cravo
Rapaz muito bonito e bem educado.

Mas a vida é uma caixinha de surpresa
E certo dia Cravo, a Rosa conheceu
Moça vaidosa mas sem nenhuma esperteza
E logo o namoro aconteceu

Rosa era ciumenta e muito encrenqueira
Não entendia a amizade de Cravo com Flor de Liz
Portanto não tardou, Rosa fazer uma besteira
Coisa que para ela era cortar o mal pela raiz.

No quintal ela pegou um galho de urtiga
E se escondeu enbaixo de uma escada
Esperou o Cravo junto com a amiga
Pois os dois iriam passar em frete a sua sacada

Não demorou, os dois apareceram sorridentes
E a confusão no jardim começou
Rosa de tanta raiva até cerrava os dentes
E com o galho na mão, a Liz ameaçou

Mas o Cravo que não era de briga
A situação começou a esclarecer
Rosa enciumada, batia na Liz com a urtiga
Que cheia de dor, não tinha força nem pra correr

Cravo todo atrapalhado caiu e se machucou
O tombo foi tamanho que ele ficou todo ferido
E a Rosa atordoada logo notou
O grande erro que havia cometido

Ficou muito envergonhada e vivia a chorar
E o Cravo sem comer logo começou a desmaiar
Flor de Liz muito crédula, não parava de orar
Pedindo a Deus uma forma do amigo ajudar

Certo dia,Liz conversando com Narciso
Amigo dos três e moço de muito juízo
Sugeriu um jeito dos dois se reaproximar
E o namoro agora sem ciúme, reatar

E logo uma grande festa os dois organizou
E um amigo muito especial, convidou
Chamava-se Lírio e era um grande compositor
E como era de esperar uma canção de amor logo criou

O vento muito alcoviteiro a musica espalhou
E por ser bonita, a garotada ouviu e decorou
Contada e cantada esta história que não é nada engraçada
Nunca mais saiu da boca da criançada

sexta-feira, 29 de maio de 2009

MISTÉRIOS DO MAR - Joana darc Medeiros de Azevedo da Mata


Certa noite do céu, uma estrela se desprendeu
Trazida pelas ondas na praia uma criança apareceu
Era frágil e delicada mas assim mesmo sobreviveu
E cansada de lutar nas águas, na areia adormeceu.

Quando o sol despertou, logo a notícia correu
Os pescadores intrigados a criança socorreu
Guardando um grande mistério na praia ela cresceu
E seu passado de todos, ela sempre escondeu.

Lampejando chamas pungentes acendeu
Labutando por caminhos transversais correu
Sua voz límpida e harmoniosa a todos surpreendeu
E nas noites de lua na praia seu canto se estendeu

Jovem e impetuoso, seu brilho agredia
Incompreendida a muitos feria
Indomável e exuberante ela sofria
E com o tempo, só nas noites de lua ela aparecia

E por amar a noite da lua ela se enamorou
Que indiferente seu amor não aceitou
Contam os pescadores que de tristeza, ao mar ela se jogou
Mas antes de partir dela seu canto o vento roubou

No oceano outra estrela encontrou
E com certeza outro sonho de estrela sonhou
Em estrela do mar se transformou
E de tanto amar, as estrelas no mar multiplicou

quarta-feira, 27 de maio de 2009

APENAS UM QUERER -Joana darc Medeiros de Azevedo da Mata


Quero viver ao teu lado
Até a última estrela no céu parar de brilhar
Sem medo que amar seja pecado
Vivendo o amor, mesmo sem nele acreditar

Quero querer-te como só aos poetas é permitido
Viver contigo na mais perfeita união
Esvaziar do teu peito este amor incontido
E explorar nosso tempo até a ultima estação

Quero acreditar que não creio no amor em vão
Que quando o amor é chama não é paixão
E que posso me dar,uma vez que sou ilusão

Quero te levar para um outro amanhã
Tocar teu infinito descobrir do mel à maçã
Até nada ser, senão a trajetória de uma última fração.

terça-feira, 26 de maio de 2009

RECEITA DE FELICIDADE´- Joana darc Medeiros de Azevedo da Mata


Um amigo me pediu a receita da felicidade
Fiquei surpresa mas tentei buscar
Em pesquisas, li bastante e na verdade
A resposta , acho que nunca vou encontrar

A felicidade não é algo premeditado
Pra ser feliz é preciso estar em paz
Uns são felizes mesmo com pequenos fatos isolados
E outros tudo tem,mas nada lhe satisfaz

Tem que ser obstinado para buscar a felicidade
Nas dificuldades lutar com perseverança
Não ficar alimentando saudade
E dos momentos vividos só guardar boas lembranças

Para ser feliz e preciso buscar na dor a sabedoria
Pois a vida é tão instável como as ondas do mar
Nos pequenos momentos é importante buscar satisfação e alegria
Em outros, tolerância e ter muito amor pra dar

A cada amanhecer tentar sempre ser feliz
Em momento nenhum ficar a se lamentar
Medir as palavras para não deixar ninguém infeliz
E nas crises financeiras ter sempre disposição para superar

Enfim o importante é viver intensamente cada emoção
Sorrir sempre pois faz bem ao coração
Nos momentos difíceis buscar em Cristo a solução
Amar ao próximo e não esquecer da palavra perdão

FÁBULA - Joana darc Medeiros de Azevedo da Mata


No início desta década Deus colocou em minha vida o desafio de auxiliar uma equipe de professores, ministrando aula numa escola dominical por mais ou menos uns três meses.
Em se tratando de uma experiência nova em minha vida e levando em consideração a minha falta de prática, dificuldade de manuseio do material didático existente na Igreja e a falta de recursos para comprar novos materiais, montei o meu próprio material. Remexendo em algumas pastas que contem velhos escritos encontrei esta historinha . Na verdade na época adaptei uma fábula contada pela minha mãe e se não me falha a memória partindo deste poema foi trabalhado na época 2 Pedro 2.10 e Mateus 24.51.


Vou contar uma historia diferente
De um burro que era muito falante
Morava numa cidade bem distante
e era muito ambicioso e pedante

Ele adorava contar vantagens e aparecer
E um certo dia sua maior chance veio acontecer
Convidado para servir ao Mestre, se encheu de prazer
E achou que era Jesus que devia lhe agradecer

Não tardou o grande dia chegar
Conduzindo o Mestre na cidade começou a entrar
Era gente por todo lugar
Todos queriam ao Mestre louvar

Repetindo o ocorrido o caso ficou bem complicado
Pois seus amigos já estavam cansados
De ouvir vantagens para todo lado
Porque era o burrinho que se sentia aclamado

Com o tempo ninguém mais aguentava ouvi-lo falar
Pois esta mesma história, ele repetia sem parar
Sentindo-se desprezado resolveu uma providencia tomar
E se organizou para novamente a cidade voltar

Foi a coruja que silenciosa ficava á observar
Que pra evitar um vexame tentou lhe avisar
Mas como já era de se esperar
Vaidoso ele nem quis escutar

E assim o grande dia chegou
E pelo portal da cidade o burrinho entrou
Seu grito pela cidade estrondou
- Irmãos abram caminho que aqui estou.

Os moradores da cidade assustados
Chicoteavam o burrinho sem parar
Colocaram um cabresto em seu focinho
E não deixaram mais ele sozinho caminhar

Através desta fábula fica fácil entender
E espero que sirva para você não esquecer
Que em nossa vida a vaidade às vezes não nos deixa enxergar
Que é ao poderoso Mestre que devemos louvar

Porque comparados aos outros animais
A diferença é que somos racionais
E em nossa vida os desafios irão sempre acontecer
Mas com fé e inteligência iremos sempre vencer

segunda-feira, 25 de maio de 2009

RESSACA - Joana darc Medeiros de Azevedo da Mata


Em plena segunda-feira
Amanheci sem disposição
Achando que o mundo está errado
E que não tem mais solução

Com certeza até o sol
Preguiçoso, vai parar de brilhar
E eu vou preferir ficar na cama
Sem vontade de levantar

Não sei se é isto que chamam
Mal humor ou depressão
Só sei que incomoda muito
E nos deixa sem ação

Quero esquecer de sonhar
O tempo pode até parar
E o meu travesseiro vou abraçar
Com medo até de pensar

Quero chorar muito,até dormir
E não quero ver ninguém
Apostar que a solidão
Possa até me fazer bem

E amanhã quem sabe
Eu amanheça até contente
E sexta que vem, pra ser diferente
Troque a cerveja por aguardente

sábado, 23 de maio de 2009

BRINCANDO DE CONTAR HISTORIA - REESCRITA DE "FELPO FILVA"(EVA FURNARI)- POR JOANA DARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA


"FELPO FILVA" , ISBN: 851605182X,
ANO DA OBRA/COPYRIGHT: 2006
COLEÇÃO: GIRASSOL ANO EDIÇÃO: 2006
AUTOR: Eva Furnari
Neste livro a autora usa os mais variados tipos de texto, como poema, fábula, carta, manual, receita e até autobiografia, e conta de maneira divertida a história de um coelho neurótico que recebeu a carta de uma fã, Charlô, que discordava dos seus poemas, permitindo, assim que a criança entre em contato com as diversas funções da escrita.

Felpo Filva certa vez
Numa crise de mal humor
Mudou a historia da Rapunzel
E num buraco a jogou

Charlô ficou revoltada
Nem é preciso falar
Tirou Rapunzel do buraco
E na praia ela foi morar

O pior é que a princesa
Estava sempre pelo avesso
Logo se cansou da praia
E mudou de endereço

Escolheu para morar
Num lugar bem diferente
Em um circo, longe do mar
E todos ficaram contentes

Daí foi só alegria
Eles riam a vontade
Palhaços faziam estripulia
E todos comiam doce a vontade

O príncipe nem se fala
Aprendeu a se equilibrar
Numa enorme roda de bicicleta
E não parava de pedalar

As crianças logo arranjaram
Um jeito de ganhar dinheiro
Na porta do circo vendiam
Milho assado num fogareiro

Mas como nem tudo na vida é alegria
Com a princesa uma tragédia veio acontecer
Muito gulosa ela comia noite e dia
Daí ficou tão gorda que nem conseguia se mexer

Bom nem quero falar o que aconteceu
Mas você pode me ajudar
Arranjando um lugar diferente
Pra Rapunzel e a família se mudar

*REESCRITA DE JOANA DARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA,A PARTIR DA OBRA DE EVA FURNARI : "FELPO FILVA"

ESTRANHO AMOR - Joana darc Medeiros de Azevedo da Mata





















Chegou a hora da despedida
Pergunto-me, constrangida
O que restou de ti,
E o que ficou de nós dois?
Contas bancárias para movimentar
Peles que não vão me aquecer
Jóias que só servem pra enfeitar
Ou casas que nunca chegaram a nos acolher?
Deixastes para tráz
A lembrança de um sorriso sarcástico
Teu olhar de censura
E aquela capacidade ilimitada de calcular
Vivestes de uma forma estranha
Dominavas a matemática como ninguém
Estavas sempre calculando
Querias sempre lucrar
Somavas o que chamavas de bens
E para não perder tempo
Subtraías inconsciente
O amor
A família
E momentos que poderia ter sido de felicidade
Mas a multiplicação era o seu forte
Multiplicastes os teus lucros
Tuas ações
Capital
E até teus inimigos
E do nosso amor?
Nesta confusão numérica
Quase nada restou
Talvez uma saudade imensa
do muito que poderíamos ter realizado
dos sonhos que esquecemos de sonhar
E dos momentos felizes que sonhamos viver
E sem obedecer nenhum critério
este poema sem métrica e sem rima
resquícios de uma alma poética
um pseudopoema de amor
De um amor que sobreviveu
Matematicamente sonhado
Na contagem do sem tempo
Mas que na intensa razão de ser
Nunca chegou a ser vivido

sexta-feira, 22 de maio de 2009

AMOR DESMEDIDO - Joana darc Medeiros de Azevedo da Mata



















Quando perguntam se eu vivo
Um dia sequer sem te amar
Respondo que nem mesmo consigo
Longe de te respirar

Nosso amor é energia
Capaz de explodir um vulcão
Quando nos amamos somos ventania
Ciclone, furação.

Se o destino tentar de mim te separar
Meu pranto com a força d’água
Contra as barreiras lutará
E com a força do amor, nunca se represará

E quando chegar minha hora de partir
E ao solo meu corpo repousar
As sobras deste amor às cachoeiras irão se unir
E a sede do teu corpo saciar

quarta-feira, 20 de maio de 2009

ÚLTIMO DESEJO - Joana darc medeiros de Azevedo





















No dia que eu partir
quero que a minha última morada
seja num lugar bonito e bem sombreado
decorado com rosas rubras e perfumadas

Que este dia seja de muita chuva
água pura para que misture-se as lágrimas sentidas
daqueles que amei por toda a minha vida
e que com certeza chorarão minha partida

Quando a noite chegar eu solitária
recordando a nostalgia do meu último entardecer
Rogarei o céu que se cubra em prata
Para com um manto de luz meu corpo aquecer

Embalada por uma sonata em tom de dor menor
misturado a terra, meu corpo sem vida irá reentrar
aos sonhos inacabados já sem dores de amor
se a minha alma inquieta não se rebelar

Pois serei sombra, parte de outra era
muda e consciente do cósmico segredo
e poderei circular em outra esfera
livre das paixões que nos fulmina a ermo

E cônscia do terror dos meus segredos
certa dos meus erros e sem chance de reparar
decifrarei o enigma dos meus medos
com a sensação que tudo falta para da vida me libertar

terça-feira, 19 de maio de 2009

NOITES DE OUTONO - Joana darc Medeiros de Azevedo da Mata























O outono caminha
Gelando os ventos
recolhendo as flores
com medo do inverno

Já amanheceu
E o vento maroto
Sopra suave
Pra te despertar

O dia esquenta
Sem pressa, é outono
E você apressado
Sai pra trabalhar

Ai se eu pudesse
Nas noites de outono
Segurar a noite
Pra contigo ficar

E tal qual o vento
Soprando suave
Bem ao teu ouvido,
Te despertar

E ai bem juntinhos
No frio do outono
Beijando tua boca
Tua noite esquentar

segunda-feira, 18 de maio de 2009

Sal-do-rima - Joana darc medeiros de Azevedo da Mata





















Salve Oswaldos, Bandeira e movimentos
Wellcome a um país continuo vendaval
Salvem nossos monumentos e tradições
Explorar madeira,crianças,carnaval.

Ouro Preto, brancos ,amarelos,índios good-bye
Irmãos negros lutando para a tinta não enfraquecer
Muitos foram outros esqueceram de fazer
Andaluzia, Miltons, Sargenlatas e mulheres

Chiquinhas, Chicos, baianos e bolsas
Dita, para-naboca maldita, tombrasil
Tão livre quanto as Iracemas que em seu seio jaz

Direitos humanos , desumanidade,
Assaltos, relâmpago, estupros, calamidade
Chuvas de maio, gripe animal, águas secas em sulpassado.

*imagem : obra de Anita Malfatti

sexta-feira, 15 de maio de 2009

DESILUSÃO - Joana D'arc Medeiros de Azevedo da Mata

















Insegura, sigo a minha estrada
Levando as costas o peso da desilusão
Amargando a certeza que pra você não sou nada
Deprimida e vazia de emoção

Presa a esta angustia nada posso dizer
Uma vez que o desespero sufoca o meu grito
Roubando-me à vontade de viver
Afogada num abandono infinito

Imersa numa dor tão profunda quanto o mar
Nado em agonia sofrendo por te desejar
Com a certeza que não vou te encontrar

E me debatendo em constante confusão
A cada passo quebra-se em pedaços meu coração
Destruído por esta incontida paixão

quinta-feira, 14 de maio de 2009

PONTO. - Joana darc Medeiros de Azevedo da Mata
















Um ponto
Uma partida
Ponto de partida

Uma lágrima
Uma despedida
Lágrima de despedida

Duas vidas
Duas partidas
Vidas partidas

Um final
Dois pontos
Ponto final.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

NOTÍCIA POPULAR - Joana darc Medeiros de Azevedo





















No asfalto a chuva forte.
Velocidade, farol alto, cheiro de morte
Era um carro esporte.
Um poste. .. O choque.


Muito sangue, ambulância, hospital.
A noticia no jornal.
Super comum na capital
É mais um acidente fatal


Na delegacia a ocorrência
Estava bêbado. Quanta inconsequência...
Alguns comentam foi imprudência!
Outros, entreguem a Deus, paciência.


O condutor do veículo, foi preso
O jovem atropelado,foi morto.
O grito abafado , a lágrima perdida.
A vida que se resumiu em despedida. .

terça-feira, 12 de maio de 2009

SLIDE SHOW COM OBRAS DE VAN GOGH - 03/09/07 - Nadia Stabile

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UMA FLOR ANDANDO EM PARIS... - POESIA DE RONALDO FRANCO (vídeo de Nadia Stabile)

Nova Canção do Exílio - Ferreira Gullar

QUIÇÁ - JOANA D'ARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA


















Acredito que sonhar faz bem ao coração
E de certa forma ameniza a solidão
Portanto quero viver sempre com a ilusão
Que um dia nossas vidas se unirão

Estou sozinha mas não vou me desesperar
Sou paciente e sei que está perto de chegar
O momento mágico que irás retornar
Pois o meu amor é chama, irá te alcançar

E a dois somaremos um amor infinito como o mar
E de mãos dadas iremos caminhar
Por estradas que só aos amantes é permitido explorar

E das estrelas roubaremos o brilho, ao anoitecer
Sem nos importar com um futuro amanhecer
Vivendo um amor tão ardente que nos fará enlouquecer

segunda-feira, 11 de maio de 2009

AMOR INCONDICIONAL - Joana darc Medeiros de Azevedo























Sou romântica,tenho que admitir
Pois não aceito a hipótese de te ver partir
Sorrio sempre pra disfarçar a dor
E acredito que um dia vamos viver um grande amor

Amo você mesmo sem ser correspondida
Mesmo sabendo que muitas vezes sou traída
Mas acredito que um dia você vai mudar
E aos meus carinhos se entregar

Aprendi a conviver com a incerteza
Com a melancolia e a tristeza
E a fazer do amor uma certeza

Afinal, há dias que o sol para de brilhar
Mas depois ele se acende e volta a nos alegrar
Nos ensinando que o amor sempre vencerá

domingo, 10 de maio de 2009

TRANSCENDENDO - Joana darc Medeiros de Azevedo da Mata
























Por mais seguros que possamos nos sentir, há sempre em nossa vida circunstancias que nos obriga a parar e repensar os nossos atos.
Quando estamos atravessando este momento é que se torna gratificante analisar estes dois horizontes: O divino e o científico.


Sinto em meu peito uma gota de esperança
Que trabalhada se transformará em força
Pra fugir da fúria que corrói o ímpio
Qual face oculta que matou o medo.

Quantos inocentes que com a própria vida
Doou-se sem preço pra pagar a paz
Através da historia antes e agora
Herodes, Hitler , e outros tantos mais

Senhor, misericórdia, quanta covardia
Tudo se repete, através dos tempos
Pra que serve Mestre, tanto conhecer?
Se o mais importante deixa-se de fazer.


São Paulo 16-04-2002

*Imagem : obra de Leonardo Da vinci "O Anjo Nu"

sábado, 9 de maio de 2009

LEMBRANÇAS -Joana darc Medeiros de Azevedo da Mata


























Mãe que saudade
Quando me lembro
Do tempo que ainda
Eu era criança
Pulando corda
Correndo na rua
Sem pensar no tempo
Com tempo de sobra
Pintando um cartão
Pra te oferecer.
Mas o tempo passou
Não sou mais criança
E na roda do tempo
Meu tempo é tão pouco
Que nem sobra tempo
Pra notar que o tempo
Depressa passou
E com ele levou
Teu sorriso meigo
Teu abraço forte
E aquele teu jeito
Tão especial
De me acalentar

sexta-feira, 8 de maio de 2009

FRAGILIDADE - Joana darc Medeiros de Azevedo da Mata





















Olhe a rosa na calçada
Perdida
Despetalada
Solta na vida
Olhe a Rosa no asfalto
Jogada
Esmagada
Sem vida.

Olhe as rosas que eu trouxe pra te oferecer
São frágeis e perfumadas, lembram você
Mesmo silenciosas falam de amor
Nas horas tristes simbolizam a dor
Nos grandes banquetes fazem parte da ornamentação
No culto testemunho de adoração
Tão belas tão frescas...
E tão breves como o alvorecer
Seu perfume tem a melancolia do entardecer
Enfeitam a vida mesmo depois de mortas
As cultivamos mesmo sem saber onde vão chegar
Toda Rosa cresce e solta-se pela vida
No momento exato é inevitável sua partida
Portanto, cultive a vida que Deus lhe deu
Você na vida também é rosa
Tens que crescer para soltar-se da raiz
Vai crescer tanto como se fosse chegar ao céu
Como toda rosa vais perfumar alguém
A outros irás ferir
Virar semente
Se eternizar
Porque toda rosa é terna
é bela
para alcançar o céu
Chegar a Deus, e
Adeus

quinta-feira, 7 de maio de 2009

PAIXÃO-JOANA DARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA



















Negro ouro
Nasceu brasileiro
Negar impossível
Ele é Imprevisível

É Poderoso
Seja o dia chuvoso
Ou na noite fria
Nos aquece com alegria

O sofrimento cruel
Mas a torcida é FIEL
Tá no sangue, no coração,
Ser CORINTIANO é emoção

É raça é garra
É grito de guerra
No campo o TIMÃO
É sempre campeão

quarta-feira, 6 de maio de 2009

REFLEXÃO - JOANA DARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA





















Ser mãe vai muito alem de ser mulher, de planejar, gerar, parir ou criar.Ser mãe e conjugar o verbo amar na sua mais poética tradução e ação, criando e se recriando a cada instante com dedicação e amor. Parabéns mãe pelo seu tão merecido dia.

Meu filho,
Quando você nasceu,
Eu criança, tracei uma estrada de esperança...
Na rua que você passasse só haveria flores
Elas seriam para te perfumar, nunca te ferir
Os pingos da chuva nunca iriam te enlamear, só te banhar
O sol para você estaria sempre brilhar, nunca te queimar
As crianças com você iriam sempre brincar, nunca brigar
Estarias sempre atento aos seus conselhos
E a sua vida seria de felicidade
Sem nenhuma necessidade de lutar.

Mas o tempo foi passando...
Você uma criança grande e eu crescendo
Aos poucos fui percebendo que você pisava nas flores que eu cultivava
Fugia da estrada que eu traçava
E se distanciou tanto que já não ouvia meus apelos.
E eu?

Com o sono perdido, me perdia na noite...
Na imensidão das trevas descobria a lua que brilhava.
Ás vezes ficava tão distante que também me perdia
Tal qual estrela cadente no vazio me desprendia
E em meio aos meus pesadelos
Na escuridão encontrava você

Machucado...
Os espinhos das flores que plantei,haviam te ferido.
Desiludido.. . A vida havia te massacrado.
Você estava muito amargo, revoltado...
Recolhia-se em meus braços,
E eu, cheia de amor te acolhia.
Na manhã seguinte descobria que havia sido um sonho
Desanimada, chorava de tristeza.
Sem esperança, descobria que não tinha a quem recorrer

Aos poucos aquela estrada de amargura foi ficando esquecida
E foi aprendendo com a vida, a melhor forma de me conduzir
Pouco a pouco aprendia a ser mãe, e como tal te orientar
Te aceitar , te amar sem tantas expectativas
Dar a você a oportunidade de decidir o espaço que queria ocupar
De plantar suas flores,
Abrir sua própria estrada.
Com livre arbítrio para aproveitar o sol , se bronzear
Segurar a noite para não clarear
Se esconder da chuva temendo se molhar
Ou simplesmente se jogar a ela, só para se refrescar
Mas sem descartar o risco,de cair.
E se isto acontecesse
Aprender a se levantar
Enfim,
Meus temores poderiam ate te divertir
Mas aos poucos estarias descobrir teus próprios temores
E seguir pela estrada que escolhestes
E eu?

Já não te acompanho
Não sei o rumo que procuras
Mas tenho certeza que vais encontrar
E ai sim filho, serás forte
Não terás mais nada há temer
Terás conquistado a liberdade com dignidade
Estarás pronto para constituir uma nova família
Prossegui o ciclo da vida
sentir dores, provar novos sabores
Plantar no mundo flores das mais variadas qualidades
E encaminhar o rebanho que Deus te confiou
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