Acordei ouvindo a chuva bater vidraça
Imaginei os rios transbordando
O lavrador olhando o céu cheio de esperança
E no campo as plantações logo florescendo.
Ainda sonolenta sorrio
imaginando
Uma velhinha toda encolhida tricotando
Sem recortar as rosas no jardim as formigas aborrecidas.
E as nuvens preguiçosas pelos ventos empurradas
Mas antes mesmo de ligar a televisão
A tristeza invadiu meu pensamento
Num cenário lúgubre cheio de contradição
Lembrei que para muitos a chuva acarreta sofrimento.
E aos poucos minha alegria desfalece
As lagrimas juntam-se as do céu e com agonia
Oro para aquele que com amor a todos aquece
e nas horas difíceis nos agraciar com clemência
E num lamento o vento junta-se ao meu tormento
No horizonte as águas sugam as nuvens do céu
A sabedoria divina uni-verso e pensamento
Em perfeita simetria, invertebrados a deleitam-se ao leu.
Ansiosa contemplo a chuva e rogo para logo passar
E ao encontro do infinito
se perder
Confiante, sei que outras manhãs de sol vão aparecer,
E consolo aos necessitados Deus ira sempre oferecer.
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