quarta-feira, 6 de junho de 2012

INVERNO JOANA D'ARC M. A. MATA





NA VIDRAÇA DO MEU QUARTO MANSAMENTE
ESCORRE RISCOS TRANSPARENTES DE TRISTEZA
COM CERTEZA A LUA DURANTE TODA NOITE
VERTEU LÁGRIMAS DE SINGELEZA

AS ESTRELAS  ENTRE AS NUVENS, A TRISTEZA FICOU ESPANTANDO
ENQUANTO A CHUVA  FINA INSISTENTE NA JANELA CORRIA
O VENTO DESMANCHAVA-SE DE TRISTEZA NUM CHORO  MOLHADO
 ACOMPANHANDO A  NOITE QUE SEGUIA INTERMINÁVEL E FRIA

A MANHÃ CHEGA NUBRADA SEM PASSAROS  E SEM SOL
NA PRAIA AS ONDAS PREGUIÇOSAS RECUSANDO-SE  A  LEVANTAR
NUM CANTINHO DO CÉU O BRILHO SOLITÁRIO  DA ALGOL
E NO MAR O CINZA ESCURO NÃO DEIXOU O AZUL PREDOMINAR

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