Saiba que ele é ousado e eminente
Pois exalta a tua beleza com sutileza e ardor
E fala do meu amor de forma absoluta e consistente
Para escrever usei a leveza das mãos de Eurídice
O mágico encanto do conto de Odisseu
O impenetrável buscando chegar ao alcance,
Da grandeza de interpretação de Orfeu
Revirei a terra o céu e o mar
Fugi da métrica buscando na rima a precisão
Ergui bandeiras no parnasianismo crepuscular
Para falar-te de amor mesmo à sombra da desilusão
Com força total para penetrar na raiz da alma
Rasquei meu coração e me vesti em lagrimas de cristal
Viajando num turbilhão de desespero e buscando a calma
Deparei-me numa angústia profunda e infernal
Angustia que só aos esquecidos é permitido sentir
Tal como o desencanto, e a vontade louca de morrer.
Ferida que sangra sem chance de suprimir
A dor cruel que em cada verso me leva ao enlouquecer
Pois saibas que quando partistes da minha vida
Levastes meus mais lindos sonhos e a minha estrada
Ao desengano me deixastes atirada
Esperando a cada instante pelos teus braços ser acolhida
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