A hora passa, leva o tempo.
O tempo leva o homem, a flor,
a vida e entretempo,
A manhã passa sem saber pra
onde
Enquanto o frio forte no ocaso o sol esconde
Porque ele se esconde?Quem vai
saber
Talvez a solidão as vezes
torne-se dor lancinante
Impedindo-lhe de fazer raiar
o dia e oferecer
Sua luminosidade e calor
constante
O homem segue e sempre e acha
que sabe o que quer
Sem nem mesmo saber onde vai
chegar
Do frio forte e insistente
procura se aquecer
Ver uma flor sente seu
perfume e o desejo de apalpar
Delicada, macia, frágil e aveludada,
A flor sonolenta na brisa esta
a dançar
É recolhida pelo homem que arranca-lhe a vida.
Esquecendo-se que vida que
esta a passar
Mesmo morta ela é massacrada
sem pudor
E negada a chance de ser tocada pelo calor do sol
Pelas mãos do homem que
extravasa sua dor com furor
Ignorando a beleza finda e o
ar impregnado de mirtol
O frio é forte, mas é a
saudade é que corta,
O coração do homem que sofre
e se atormenta
A flor morre e,indiferente a
morte
Seu peito sangra numa saudade
fria e excruciante
Pétala por pétala a flor sem
vida passa a se despir
Nas mãos frias do homem que
já não consegue sentir
Que em silencio o tempo indiferente leva o frio
Deixando o sol equalizar
raios de calor
E aos poucos ele reaparece para
aquecer a flor que escapuliu
Numa chuva de pétalas pelas
mãos daquele que a matou
Enquanto o vento espalhou e no vazio do tempo sucumbiu
e o sol de saudade de flor da
rotina do amanhecer partiu
e na manhã que segue a
tristeza corta o homem ate a morte
A natureza
assume o comando da vida exuberante e constante
Legando ao homem alegrias, incertezas e dor
E espalhando nos jardins
flores de variadas cores e odor
Nenhum comentário:
Postar um comentário