segunda-feira, 11 de junho de 2012

GÉLIDA MANHÃ - JOANA D'ARC M. A. MATA






A hora passa, leva o tempo.
O tempo leva o homem, a flor, a vida e entretempo,
A manhã passa sem saber pra onde
Enquanto o frio forte no ocaso o sol esconde

Porque ele se esconde?Quem vai saber
Talvez  a solidão as vezes torne-se dor lancinante
Impedindo-lhe de fazer raiar o dia e oferecer
Sua luminosidade e calor constante

O homem segue e sempre e acha que sabe o que quer
Sem nem mesmo saber onde vai chegar
Do frio forte e insistente procura se aquecer
Ver uma flor sente seu perfume e o desejo de apalpar

Delicada, macia, frágil e aveludada,
A flor sonolenta na brisa esta a dançar
É recolhida pelo homem que arranca-lhe a vida.
Esquecendo-se que vida que esta a passar

Mesmo morta ela é massacrada sem pudor
E negada a  chance de ser tocada pelo calor do  sol
Pelas mãos do homem que extravasa sua dor com furor
Ignorando a beleza finda e o ar impregnado de mirtol

O frio é forte, mas é a saudade é que corta,
O coração do homem que sofre e se atormenta
A flor morre e,indiferente a morte
Seu peito sangra numa saudade fria e excruciante

Pétala por pétala a flor sem vida passa a se despir
Nas mãos frias do homem que já não consegue sentir
Que em  silencio o  tempo indiferente leva o frio
Deixando o sol equalizar raios de calor

E aos poucos ele reaparece para aquecer a flor que escapuliu
Numa chuva de pétalas pelas mãos daquele que a matou
Enquanto o vento  espalhou e no vazio do tempo sucumbiu
e o sol de saudade de flor da rotina do amanhecer partiu

e na manhã que segue a tristeza corta o homem ate a morte
A  natureza  assume o comando da vida exuberante e constante
Legando ao  homem alegrias,  incertezas e dor
E espalhando nos jardins flores de variadas cores e odor



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