quinta-feira, 6 de agosto de 2009

TRISTE LEMBRANÇA - Joana d'arc Medeiros de Azevedo da Mata


Seis de Agosto inicia
Trazendo a lembrança do dia
Que o homem em sua tirania
Semeou a semente da covardia

No céu um clarão irradia
E diante de tanta ousadia
A manhã cobriu-se de nostalgia
E vidas tombaram sem serventia

Aos poucos as flores que enfeitava
O verde que cobria o jardim
Pálidas misturaram-se ao povo que agonizava
Acinzentando-se numa tristeza sem fim

Olhos oblíquos enevoam uma tristeza finda
Com o fogo que consome o suor que vira pó
E a terra do sol já pintada em cinza
Transformou-se na semente da coragem que brotou

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