domingo, 19 de março de 2017

VIAGEM AO PARAISO
Quando conheci o paraíso
Fiquei maravilhada com as arvores frondosas
Confesso nunca havia imaginado isso
Que delicia saborear tantas frutas gostosas
Ervas da mais finas qualidade
Bebidas em cálices com sofreguidão
Evas cheias de amabilidade
Agradáveis aos olhos de qualquer Adão
E as serpentes que encanto
Todas sem segunda intenção
Não rastejavam pelos cantos
E nem despertavam tentação
Não havia fruto proibido
Muito menos pecador
Nenhum gesto de amor era coibido
Tudo se permitia em nome do amor
Fiquei alguns dias neste eterno paraíso
Mas confesso no fim era só monotonia
Já estava ficando meio sem juízo
Toda mansidão em excesso causa melancolia
Dai voltei a terra onde habito e sofro
da mais cruel agonia
e assim como um sopro
pude diferenciar o meu ideal da minha fantasia
e assim tecendo a essência do desatino
Numa feroz degustação do divino ao proibido
Traço as linhas do meu destino
e sigo a minha meta sem rumo, clandestino.
JDMAM 82 - SPBrasil 15-03-17
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