quarta-feira, 4 de agosto de 2010
TRÉGUA - JOANA DARC MEDEIROS DE AZEVEDO DA MATA
Estou prisioneira em meu próprio corpo
Alma nômade, coração que sangra
Olhos ávidos para descortinar novas paisagens
Mão esquerda recusando a aprender a escrever
Pensamentos desencontrados, vendaval
Dores insuportáveis, castigo cruel
Corpo cansado, pedindo pra deitar
Pernas que se recusam a caminhar
Mas nos momentos de trégua quando a dor cochila
Fecho os olhos e flutuo no azul do mar
Roubo das flores a suavidade do perfume
ouço inebriada, um beija-flor a trissar
E na solidão dos meus pensamentos
As margens da dor e da esperança
rendo-me aos planos do grande arquiteto
que edifica minh’alma com sabedoria e resignação
“Feliz a nação cujo Deus é o Senhor”
E Ele habita o meu coração.
Portanto “ o choro pode durar uma noite,
Mas a alegria vem com o amanhecer”
JD 033 /
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