O tempo passou.
Lento, suave imperceptível..
Você também passou
Deixando-me só por esta travessia sem fronteiras
Sem o apoio dos teus braços
Sem o calor dos teus beijos
Negando para o meu caminhar
A imprescindível luz do teu olhar
O que restou de mim?
Uma metade buscando encontrar
Em cada canto que passa um pouco de você
O que fazer de tudo isto?
Com hábitos cristalizados, pensamentos incontidos...
Alem do ato final, do funeral...
Carregar uma solidão desmedida?
Sofrer pelo tempo que passou...
.
Ora, pouco me resta fazer do tempo que me resta
A não ser buscar em cada sorriso um amor
No horizonte o ponto libertador
Navegar pela vida, sem lágrimas doloridas,
Desenhando a esperança a cada anoitecer
E sem medo de amar a cada despertar.
Joana d'Arc Medeiros de Azevedo da Mata
26-02-09
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