sábado, 22 de maio de 2010

OPINIÃO - JOANA DARC M. A. MATA


Quem eu sou? Acho que não consigo descrever...
Mas quem sabe meus versos possam decifrar
Se sou esperança a cada amanhecer
Ou amargura quando a noite acaba de chegar.

Se sou mel em pingos de chuva
Aguardente das que fazem amargar
Estrada sinuosa com perigosa curva
Oásis perdido quase impossível de encontrar

Sou da criação perfeita imperfeição
Ingênua, incrédula e às vezes hipócrita
Ora rebelde às vezes acomodação
Senha secreta em porta sempre aberta

Sou tsunami, calmaria, brisa do entardecer
Sorriso de criança, olhos felinos, sabor de maçã
Feita do pecado com sede de querer
Sombra que refresca em febre terçã

Ousada sem convicção sempre tolhida
Navegando em sonhos impossíveis tentando se reerguer
Se de tudo isto sou um pouco, no fundo não sou nada
Uma vez que as circunstancias as vezes não nos deixa ser

JD:/ 030 = 05/2010

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