QUENTÃO NA NOITE FRIA
Hoje é noite de São João
Mas o tempo queimou as fogueiras da capital
Sumiu com o milho assado, a pamonha e o balão
E o progresso engoliu até o quintal
Acabou com a alegria da moçada no terreiro
As ruas coloridas com bandeirolas
O beijo roubado no escuro
E as pipocas pulando nas panelas
Ficou para traz o mastro de São João
Aos poucos morre a tradição dos pratos brasileiros
O pau de sebo e as canecas de quentão
Modas de viola, cavaquinhos e pandeiros
As estrelas até abandonaram o céu
Por causa das lâmpadas LED que substituíram os lampiões
O romantismo a muito se escondeu
Bem como as fulminantes paixões
Mas escondidinho no mapa deste gigante Brasil
Haverá
famílias defendendo a nossa tradição
Unidas
embaixo deste imenso céu de anil
Preservando fieis a história da nossa nação.
Autoria de Joana d’Arc M. A. Mata
Imagens do Google 090- SP 24-06-2014
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