Aquele garoto marginal
Que traz no olhar o medo oculto
É analfabeto, amoral
Um pequeno animal pouco racional
Entregue a sua própria sina
Ele e o filho da periferia
Disputando as esquinas
Sem direito e sem autonomia
Um pivete usuário de droga
Digno de compaixão
Que com o vício a dor apaga
Sem ideal ou pretensão
Os pais são trabalhadores
Que garimpam no dia dia o pão
Conhecedores de insegurança e dissabores
Injusta divisão de renda e desilusão
Mas aquele garoto sem nenhum segredo
Poderia ter no mundo um destino diferente
Se desde cedo não tivesse sido atirado
Ao descaso de governantes inconsequentes
Imagens do Google 129– SP 06 -08-2014
Joanadarcpoeta.http://blogspot.com
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